ERECOM Theresina 2011

Entrem na Escola do Mundo ao Avesso! Que se alce a lanterna mágica, imagem e som! As ilusões da vida em favor do comum estamos oferecendo, para ilustração do público presente e bem exemplo das gerações vindouras! Venham ver o rio que cospe fogo! O senhor sol iluminando a noite! A senhora lua em pleno dia! As estrelas expulsas do céu! O bufão sentado no trono do rei! A varinha mágica que transforma o menino em uma moeda! O mundo perdido em um jogo de dados. Mas, não confunda com as grosseiras imitações. (Adaptado de Eduardo Galeano)

Abas

27 de mar. de 2011

ERECOM Theresina 2011: Simpecos

ERECOM Theresina 2011: Simpecos: "Olá Pessoal, O espaço de divulgação de trabalhos dos estudantes no Erecom Theresina 2011 já podem ser ocupados com os projetos de vocês. Es..."

25 de mar. de 2011

E o que vai rolar no ERECOM?

Então vamos lá: O ERECOM Theresina 2011 tem como tema, Educação e Movimento Estudantil. No entorno dessa temática teremos Mini-cursos, Grupos de discussão, Núcleos de Experiências, Grupos de Estudo e Trabalho, Espaços Culturais e Painéis. 

Minicursos

1.Comunicação contra-hegemônica; Alejandro - Professor da UFPI

2.Contra-propaganda; Zé - Jornalista, Fortaleza-CE

3.Cultura da Mídia; Vinicius Ferreira – Coletivo Enecos PI

4.Comunicação popular; 

Coletivo de Estudantes de Comunicação - CONJUNTO, João Pessoa- PB

5.Rádio Livre;

6.Universidade; Iara Santana - Enfermeira, Teresina-PI

7.Agitação e Propaganda; Coletivo ENECOS Pará

8.Teatro do Oprimido; Camila Chaves -  Relações Públicas, São Luis-MA

9.Movimento Estudantil; 

10.Espetáculo da Mídia;

11.Educomunicação;

12.Como funciona a sociedade;

13.Educação Popular;

Estamos esperando confirmação de alguns nomes para facilitarem os mini-curso, por isso o quadro de facilitadores ainda não está completo. Estamos no aguardo para os minicurso de Educação Popular, Como funciona a Sociedade, Educomunicação, Radio-Livre e Espetáculo da mídia.




Grupos de Discussão.

1.       Meio-ambiente: Berê , Salvador-BA.

2.       Direitos Humano: Lourdes, Professor da UFPI

3.       Movimentos Sociais: Patrícia, Professora do CEFET

4.       Conselho de Comunicação: Ana Paula, Professora da UFPI

5.       Partidos Políticos do Brasil:

6.       Tribunal Popular:

7.       Midia Livrismo - Alexandre - Centro de Mídia Independente, Fortaleza-CE

8.       Mecom - Zé e Natasha, 

9.       Estágio - Sâmila Braga, Coletivo ENECOS Ceará

10.    Extensão - Iane Lara, Coletivo ENECOS Ceará

11.    ME em pagas -

 Fernando, Coletivo ENECOS Ceará e Livino, Jornalista (Fortaleza-CE)

12.    Propriedade Intelectual

13.    Matriz Energética, a problemática das hidroelétricas, pessoas atingidas por barragem

14.    EIV (Estágio Interdisciplinar de vivência)

15.    Conselho Popular

16.    Mulheres - Coletivo de Mulheres do Piaui

17.    Mobilidade Urbana

18.    arte ativismo
Estamos esperando confirmação de alguns nomes para facilitarem os debates, por isso o quadro de facilitadores ainda não está completo. 

Painéis

·                           Mesa de Comunicação:

Perfil 1: Análise de conjuntura, puxando para a especificidade das comunicações, falando sobre o monopólio, a liberdade de expressão restrita ao direito de escutar, e a quem serve o discurso da grande mídia, que tipo de valores estamos aprendendo com o discurso veiculado pelos grandes meios de comunicação, etc. 
Nilo, Professor da UFC

Perfil 2: Controle social. A apropriação dos meios de comunicação pela classe trabalhadora, a mídia como mecanismo de organização e emancipação, a comunicação no processo de formação do sujeito social. 
Helena, Intervozes Ceará.

Perfil 3: aprofundaria o debate de comunicação comunitária, discutiria comunicação contra hegemônica, e abordaria um pouco educomunicação. 
Professora Doutora Cicilia Maria Krohling Peruzzo, da Universidade Metodista de São Paulo

·                           Mesa de educação:

Perfil 1: reestruturação da universidade, bem parecido com o perfil colocado pra a mesa do Cobrecos, esse perfil traçaria um histórico do papel da educação e da universidade no Brasil e faria uma análise atual da educação no Brasil com base nas reformas da educação superior
Representante do Andes - Sindicato Nacional dos Professores

Perfil 2: falaria como a problemática abordada no perfil anterior interfere na formação do comunicador e contextualizaria  como é a formação do comunicador na universidade brasileira e a estruturação dos currículos do curso.
ENECOS - Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social.

Perfil 3: conceito de educação popular, que refletiria a educação popular como uma contra-escola, a qual teria o papel de resgatar o caráter coletivo e social da classe trabalhadora, de acordo com suas próprias praticas, possibilitando a condição de auto-emancipação do indivíduo.
PRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária

·                           Mesa de Movimento Estudantil:


Perfil 1: o papel do movimento estudantil, que aí nesse perfil, além do papel, a idéia é que também fosse traçado um histórico
Camila Chaves - Relações Pública, São Luis - MA

Perfil 2: o processo de reorganização
Sarah Fontenelle, Coletivo ENECOS PI

Perfil 3: novos métodos e formas de intervenção
Leonardo Maia, Coletivo ENECOS PI

Nucleos de Experiências

1.                       QI – Questão ideológica (O QI funciona no Parque Piauí e trabalha com jovens em situação de risco social, hip-hop, grafite, etc)

2.                       Rádio Verona (A Rádio Verona é uma rádio comunitária e funciona no Parque Piauí)

3.                       Assentamento Vale da Esperança (O vale da Esperança é um assentamento do MST)

4.                       Vila Irma Dulce (A vila Irma Dulce é a segunda maior ocupação urbana da America Latina)

5.                       Vila de Pescadores (A vila de pescadores fica nas encostas do Rio Poty – O objetivo é mostra como funciona a organização dos trabalhadores que sobrevivem da pesca em Theresina)

6.                       Pólo Ceramista e Teatro do Boi (Ambos funcionam na zona norte de Theresina – O objetivo é regatar um pouco da cultura regional piauiense, com a produção artesanal e a historia do boi piauiense)

7.                       Escola de Circo Zoim (A escola Zoim funciona no Verdão, o Zoim trabalha com jovens de rua. – O objetivo é mostra como as artes transformam as pessoas)

8.                       Comunidade Quilombola (O quilombo se localiza na estrada entre altos e Theresina- Objetivo é o intercâmbio cultural)

Grupos de Estudo e Trabalho

1.                       Qualidade de Formação do Comunicador 
2.                       Democratização da Comunicação 
3.                       Combate as Opressõe
4.                       Cultura Popular e Regional 
5.                       Trabalho de Base



1º Pré-ERECOM em Theresina

Foi a Faculdade Santo Agostinho, no dia 22 de março.
Com o tema: Reestruturação Produtiva e Educação, Sarah Fontenelle (ENECOS) e André Café (Ex. ENECOS), levantaram o debate sobre nosso atual modelo de educação. Ambos trouxeram reflexões a cerca da mercantilização da educação e dos processos adaptativos que nossa universidade vem sofrendo ao longo do tempo para adequar às demandas do capital. O texto base foi o do projeto político do ERECOM Theresina 2011.


Próximos Encontros:

AESPI: 26/03/11 - 9:30h (Manhã) (Unidade Fátima) sala de aula
Tema: Movimento Estudantil

CEUT: (Auditório) -  29/03/11 18:30h
Tema:Comunicação                                 

UFPI :(CCE) – 2/04/11 -14h
Tema: Apresentação da executiva do encontro

As inscrições já começaram:

Programação+alimentação+alojamento=R$ 100,00
Programação+alimentação=R$ 90,00
Programação+alojamento=R$ 70,00
Programação=R$ 50,00

4 de mar. de 2011

Vídeo para mobilização

É um vídeo curto, feito pelo Coletivo Enecos de Vitória da Conquista. Um vídeo curto, de 2min, bom para fazer mobilização.

Vídeo do ERECOM

Material de divulgação

A noite de ontem, foi regada a muita música, água, panetone, risos, stress e trabalhos no computador. Tudo isso, para a formulação de um material de divulgação para o ERECOM Theresina 2011. Crachás, blocos e cardernos de texto também foram concluidos e enviados para a gráfica. Agora é só esperar o resultado.

O Fazine de divulgação:

3 de mar. de 2011

A função social da educação

A primeira pergunta a que temos que nos fazer quando falamos de outro modelo de educação ou outro modelo de universidade é: qual a função social da educação? Qual o papel social da universidade? Se conseguirmos refletir sobre a função da universidade, o porquê de instituições como essas existirem e, invariavelmente, serem citadas como os pilares de uma sociedade, devemos em seguida nos questionar: essas instituições estão cumprindo com o seu papel?
Compreendemos a educação como um importante instrumento de emancipação humana. Porém, durante muito tempo o modelo hegemônico de educação tem servido como instrumento fortalecedor de estruturas e mantenedor do modelo socioeconômico do sistema capitalista. Para entender como a nossa educação e a nossa universidade têm servido para manter o status quo, é preciso antes perceber como esse processo se deu. Segundo Mauro Luis Iasi, “só é possível conhecer algo se o inserirmos na história da sua formação, ou seja, no processo pelo qual ele se tornou o que é; assim é também com a consciência: ela não ‘é’, ‘se torna’”.  
Uma vez constituída e instituída a propriedade privada, houve uma divisão entre aqueles que trabalham e aqueles que poderiam se dedicar ao intelecto. A classe trabalhadora, maior parte da sociedade, foi condicionada a tarefas funcionais, sendo privada da construção do saber. Compreendendo que o conhecimento é o ponto de partida para a emancipação do ser humano, para se manter no poder, a classe dominante, de diversas formas, tem mantido limitada a participação da classe trabalhadora dentro do processo educativo.
Sendo assim, a educação tanto pode servir para aprisionar e subordinar o povo à exploração, como também é imprescindível para a sua libertação, só depende a quê e a quem ela serve. A diferença, entre uma e outra, vamos encontrar nos objetivos, coletivos e individuais, nas idéias, nos princípios e no projeto. Justamente por isso, a classe oprimida precisa desenvolver e utilizar um novo modelo de educação que compreenda as demandas da maioria da população e sirva como ferramenta para a sua própria libertação.
No entanto, para nós é complicado pensar no novo, quando o que temos é visto como natural. Nesse ponto é interessante citar Iasi mais uma vez, para ele, “parece-nos que na escola, por exemplo, ao nos inserirmos em relações preestabelecidas, não conseguimos ter a crítica de que é apenas uma forma de escola, mas a vivemos como ‘a escola’. Passamos a acreditar ser essa a forma ‘natural’ e acabamos por nos submeter. Na escola, as regras são determinadas por outros que não nós, outros que têm o poder de determinar o que pode ser feito... As normas externas interiorizam-se: a disciplina converte-nos em cidadãos disciplinados”.
No período da ditadura militar no Brasil, a educação no nosso país estava moldada em busca de formar, em massa, mão-de-obra qualificada para entrar nas fábricas. Nesse sentido houve um aumento no número de pessoas nas escolas. Atualmente, cresce o número de alunos dentro das universidades para atender as demandas das mega empresas prestadoras de serviço, como saúde, educação e segurança. Isso quer dizer que esse ensino não estão oferece às pessoas subsídios para sua emancipação, individual e coletiva, muito menos para suprir as demandas, nem para combater as contradições sociais, mas, serve unicamente, para atender as condições impostas pelo mercado. Esse tipo de educação, conhecida como educação bancária, não nos convém, pois não serve para causar um nível de conscientização do povo.
A Educação deve servir para além da formação de produtos prontos a serem vendidos em prateleiras do mercado de trabalho, onde quem manda é o patrão. As pessoas não devem ser vistas como um produto amorfo e sem rosto, que tem como único objetivo encontrar seu lugar no mercado de trabalho. Sendo assim, no que diz respeito a universidade, esta deve ser vista como mais um espaço de formação e educação e não apenas como um novo grau de instrução. Precisamos entender sua função social enquanto produtora de conhecimento para atender as verdadeiras demandas da sociedade. Como poderia a universidade construir conhecimento, para dar soluções a problema sociais, se a universidade se fecha para a sociedade e para a comunidade onde está inserida?
Na teoria, a universidade brasileira se baseia a partir do desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, trabalhados juntos, um como complemento do outro. No entanto, o que vemos ocorrer  na prática é a dissociação entre esses três pilares, sem a compreensão de que o ensino pressupõe uma pesquisa constante, que por sua vez precisa de uma engajamento social, atendendo às necessidades reais da sociedade, se efetivando na prática através de projetos de extensão. Porém, a extensão tem se resumido a espaços e cursos assistencialistas para a comunidade, como os cursos de línguas oferecidos a população a um preço razoavelmente acessível. É o máximo que algumas universidades conseguem fazer para se promover como espaço público e pertencente à todos.     A extensão universitária também tem sido utilizada como vitrine de projetos assistencialistas, principalmente das universidades pagas, como forma de estabelecer um marketing social.
“Não há um ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade.”    Paulo Freire
Defender o princípio da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão é caminhar para uma educação integrada, composta de sujeitos envolvidos na construção conjunta de um conhecimento comprometido com a realidade. Assim, defendemos uma educação que tenha como princípios a criticidade, levando em conta a investigação e a pesquisa, como também a aproximação com a sociedade, derrubando os muros que nos separam, não se restringindo a reprodutibilidade a que nosso ensino tem se resumido.